O destino é realmente um putinha sacana e que sempre da um jeito de fazer você de bobo.
Porque eu digo isso? Simples, desde de que eu era um jovem galã em Barra do Piraí, sempre fui contra a idéia de arrumar a cama. A simples idéia de arrumar uma coisa que não causava problemas nenhum por estar fora do lugar me dava arrepios.
Não é que eu fosse um sem noção bagunceiro, alguém criado por uma general da ordem (eu sempre chamei de mãe) nunca seria, mas ninguém pode com seriedade explicar os motivos que levam alguém a achar que o lençol da cama deve ser esticado se ele vai ser coberto por outra coisa, ou pelo menos era o que eu pensava.
Calma querida, vamos fazer amor bem devagarinho para não bagunçar a cama.
O fato é que o casamento muda completamente seus hábitos e crenças, e não estou falando do sexo a cada cinquenta dias parecer suficiente, e sim que acabamos repetindo as coisas que nós foram impostas ainda na infância e adquirindo habitos do nosso cônjuge. (Alias essa sempre me pareceu uma palavra usado por velhos, acho que estou ficando velho)
Hoje, por uma dessas reviravoltas do destino, eu sou o arrumador oficial de camas da minha casa, e pior, sujeito a uma analise criteriosa da mulher. Já chegamos ao ponto de eu ter que levantar da cama, depois de estar dormindo a mais de uma hora, porque ela não quis deitar com o lençol "engruvinhado".
Acho que é por isso que valorizamos tanto o amor no casamento afinal ele representa cinquenta por cento da razão de suportarmos esse tipo de coisa com calma e um sorriso no rosto. Os outros cinquenta são culpa de uma tal e Maria da Penha.(e não, não é a empreguete)
