Um rio de arrastões


No pós eleição o Rio de Janeiro tem sido sede quase que diária de arrastões (aqui, aqui, aqui e aqui), sem que ninguém de uma satisfação mínima a população quanto a causa nem o que será feito para combater o problema.

Infelizmente a eleição passou e ninguém se preocupou em questionar a mágica das UPPs.

Hoje o ex-prefeito Cesar Maia deu sua opinião da causa e também do que pode ser a solução, o texto realmente faz bastante sentido, leiam e tirem sua conclusão.

Observação: Em 2006 o prefeito era o próprio Cesar Maia, portanto ele deve saber do que fala.


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POR QUE OS ARRASTÕES EM CARROS SE MULTIPLICARAM NO RIO!
                  
1. Em dezembro de 2006, o governador eleito pediu que a Prefeitura do Rio assumisse o trânsito com a Guarda Municipal e substituísse a PM, de forma a liberar PMs. O prefeito lembrou duas coisas: a) que a GM não tinha efetivo para isso. b) Que grandes cidades como Nova York tinham feito caminho inverso, ou seja, o trânsito foi transferido para a polícia.
          
2. A GM assumiu o trânsito do Centro e, depois de muita insistência, da alta zona sul. Mas desde o ano passado a PM foi saindo do trânsito e hoje é uma raridade encontrar um PM no trânsito da capital. A prefeitura terceirizou parte do serviço com um pessoal com a marca da CET-RIO que sequer tem poder para multar por não serem servidores nem da administração direta nem indireta.
                  
3. Anos atrás, quando o anterior prefeito visitava o sistema de segurança de Nova York, perguntou a razão do trânsito ter sido assumido pela polícia. A resposta foi pronta: a polícia no trânsito é polícia na rua. Um assalto em loja, residência ou mesmo na rua, ou a captura de um delinquente, a polícia no trânsito recebe ordem por rádio e bloqueia a área que se fizer necessária. E sempre que desconfia de movimentação, informa por rádio ao policiamento ostensivo da área.
                  
4. A polícia no trânsito reduz a mobilidade dos bandidos, amplia o risco deles em "street crimes" e afunila seus pontos de fuga, por qualquer razão. O que fez o governador e seu secretário de segurança, ao retirar a polícia do trânsito, foi dar flexibilidade e mobilidade ao crime nas ruas, e especialmente aquele que usa carros para assaltar e para fugir, ou seja, os arrastões, que já têm frequência de um por dia nas últimas semanas.
          
5. Se a polícia não retornar ao trânsito, os arrastões, crimes na rua, e agora carros queimados, só vão aumentar. O que ocorre, portanto, é de responsabilidade –digamos, técnica- total do governador e seu secretário de segurança, que na ânsia de ter mais PMs disponíveis, perderam o controle das ruas.

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Via Ex-Blog



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