Xinga, mas não chama de direitista ou de liberal.

Uma das coisas mais engraçadas no Brasil é quando você diz para as pessoas que você é de direita. Algumas fazem cara de paisagem e mudam de assunto com claro embaraço, em outras o choque faz com que saia a pergunta padrão: “Mas você lê tanto, como pode apoiar a ditadura militar” e/ou coisas do gênero.

E é realmente difícil explicar para essas pessoas que a direita não tem nada haver com ditaduras, já que são anos sendo difundida as informação que a direita eram os militares, e a esquerda era quem lutava contra eles.


Para essas pessoas o máximo que se pode fazer é apontar que para um “esquerdista” a luta não é contra a ditadura e sim a favor da ditadura comunista, já que não a na historia um governo de esquerda totalmente livre.

Mas o que é ser de direita você deve estar se perguntando. Ser de direita é defender a livre iniciativa, a não intervenção do estado na economia, ser contrario ao ideal socialista e intransigente quanto a estado de direito, as liberdades publicas e de imprensa. 

O Chile é talvez o único país da região que parece ter vencido esse preconceito, Sebastián Pinerã o presidente chileno inclusive da uma entrevista fantástica a Veja dessa semana, e coincidentemente ou não é o país com os melhores índices econômicos e sociais da AL.

Quando tento usar a expressão liberal, ai que a coisa fica feia, criticas as privatizações, entreguismo do país aos Eua, dentre muitas outras coisas.

A existência de um mercado livre não elimina, evidentemente, a necessidade de um governo. Ao contrário, um governo é essencial para a determinação das “regras do jogo” e um árbitro para interpretar e pôr em vigor as regras estabelecidas. O que o mercado faz é reduzir sensivelmente o número de questões que devem ser decididas por meios políticos – e, por isso, minimizar a extensão em que o governo tem que participar diretamente do jogo. O aspecto característico da ação política é o de exigir ou reforçar uma conformidade substancial. A grande vantagem do mercado, de outro lado, é a de permitir uma grande diversidade, significando, em termos políticos, um sistema de representação proporcional. Cada homem pode votar pela cor da gravata que deseja e a obtém; ele não precisa ver que cor a maioria deseja e então, se fizer parte da minoria, submeter-se. Milton Friedman [Capitalismo e Liberdade]

Milton Friedman foi um dos maiores defensor do liberalismo, e acho que ele pode explicar com palavras os fundamentos da coisa muito melhor do que eu, por isso segue sua clássica entrevista ao programa "The Open Mind" em 1975 na qual explica entre outras coisas  o que é ser um liberal de direita e porque estes não devem ser tachados como conservadores além de explicar porque algumas políticas devem ser medidas pelo que conseguem fazer e não por suas intenções.


Parte 1:


Parte 2


Parte 3

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