Medindo o sucesso.


E engraçado como as vezes parece que por mais que lutemos para progredir, para seguir em frente com nossos planos e nossas vidas, as coisas simplesmente não acontecem. Fazemos tudo que acreditamos que tem que ser feito, sentimos o jubilo antecipado da vitoria, porque na nossa mente ninguém no mundo poderia fazer mais do que o que fizemos e quando chega a hora da colheita, não existe nenhum fruto.

O que devemos fazer em momentos assim, esperar com a certeza de que ventos melhores virão? Mudar de estrategia, mesmo acreditando fielmente que o que fizemos foi o melhor que poderíamos ter feito naquela situação? Em ultimo caso, sentar e chorar como um bebezinho chamando a mamãe?

A verdade é que não importa o quão bem preparados nos estejamos, nem o quão bem executado tenha sido o que quer que nós tenhamos nos disposto a fazer. Sempre vão existir milhares de variáveis fora do nosso controle e aleatoriamente uma quantidade delas vão eventualmente dar errado. Nada pode explicar esse fenômeno. 

Se paramos demais para analisar os prós e os contras de alguma coisa, se pensamos demais nas consequências de determinada ação, acabamos ficando presos pelo medo. Começamos a viver no mundo do "e se...".

Coragem para agir e força para aguentar as consequências, é disso que a vida é feita. Precisamos nos focar em fazer o melhor que pudermos, independente dos resultados que essa ação gere, porque isso é tudo que podemos controlar.

O famoso treinador de basquete Wooden se tornou um ícone dessa filosofia ao defender a bandeira de que é preciso fazer o melhor, e que vencer ou perder não são realmente importantes, ele chegou a criar todo um modelo de gestão baseado nisso com a sua famosa piramide do sucesso.

Claro que é uma filosofia extremamente difícil, nós como seres humanos, somos extremamente dependentes da validação alheia e essa validação vem geralmente acompanhando as vitorias e não o esforço. Isso se da, até porque, o esforço é muitas vezes uma atitude solitária, sem testemunhas e sem supervisão. 

Aquelas horas de trabalho quando todos já saíram do escritório, aquele domingo em casa rascunhando ideias para serem implementadas em algum projeto, tudo isso são momentos solitários, e quando as coisas dão errado, por mais que você tenha a consciência limpa, tudo que fica para as outras pessoas é que você tentou tudo e fracassou, o que torna o seu esforço exatamente o oposto do que deveria. Ele se mostrou um desperdício o que pra muitos é uma dupla derrota.

Mas do mesmo jeito que perder pode esconder uma vitoria pessoal, uma vitoria em publico pode mascarar uma derrota pessoal. Aquela prova que você passou colando, ou aquele relatório que outra pessoa fez e você apresentou como seu. São vitorias que na maioria das vezes brilham mas corroem por dentro a confiança e a força das pessoas.

É como diz lenda de um homem que recebeu dois papeis de um sábio, um para ser aberto numa grande vitoria e outro para ser aberto numa grande derrota e em ambos estava escrito "isso é passageiro". A única coisa duradoura é o esforço que fazemos.

O grande problema dessa filosofia e que não podemos mais apontar o dedo para os outros, não existem outros culpados por nos esforçarmos menos do que nós mesmo. Quando o resultado para de ser a meta, os outros param de ter importância e com isso vem um aumento da nossa responsabilidade e responsabilidade da medo.

Você vai viver com medo ou vai assumir a responsabilidade? Como li uma vez, você está disposto a puxar o gatilho e montar na bala?

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