O supermercado aqui perto de casa não é muito grande, nem tem bons preços, mas a proximidade faz com que ele seja bem atrativo e 90% das compras de casa são efetuadas nele.
Até bem pouco tempo, o sistema de pagamento com cartões [crédito ou debito] não era informatizado, e sempre que você terminava de passar pelo caixa a funcionaria sacava uma prancheta e preenchia o nome constante no cartão, o valor, a data e data um visto e o cliente era encaminhado a um balcão que ficavam as maquinas de cartão. Era um processo sempre pé no saco, já que a maioria das caixas não tinham muita presteza pra preencher o bendito controle. Porém eu entendia o uso do mesmo, afinal elas precisavam dele pra no fim do expediente resgatarem suas vias do cartão e fecharem o caixa corretamente.
A um mês mais ou menos a tecnologia chegou de vez ao mercado, e o sistema de cartão foi informatizado. Agora, a própria caixa passa o cartão, tira o boleto, registrado e impresso ao alcance da mão.
No primeiro dia fui que fiz compras com a nova tecnologia foi uma beleza, sem precisar ficar levando sacolas ao balcão de cartão, esperar fila de cartão, sem a maldita prancheta que devora horas pra ser preenchida.
Ledo engano, menos de uma semana depois a prancheta estava de volta.
Todas as vezes que vou ao supermercado e estou na fila e vejo a sequencia – passa os itens no leitor de código de barra, pego o cartão do cliente, imprime o comprovante, coloca o comprovante no caixa, PEGA A PRANCHETA DA GAVETA, PREENCHE A PRANCHETA e COLOCA A PRANCHETA NA GAVETA eu fico meio tonto e me pergunto pra que raios serve esse maldito controle.
E pensar que a burocracia nasceu pra tornar o atendimento aos clientes mais rápido e dinâmico.
Esse caso do supermercado me lembrou de um fantástico vídeo do Youtube com a entrevista do Prof. Marins ao Programa do Jô, prestem atenção principalmente a partir do minuto 2:50.
Esse é a parte 3 da entrevista, aqui você assiste as partes um e dois. [recomendadíssimos]