Archive for novembro 2010

Correr e Ler, é assim que se chega ao sucesso. #Will Smith

will-smith-10Quando pensamos em atores de Hollywood, pensamos logo em super milionários, belas mulheres, e aquele tipo de vida que só a mega-sena da virada vai poderia proporcionar a nós meros mortais.

 

Numa lista dos bam bam bans do cinema da atualidade, indubitavelmente o nome de Will Smith estará presente. Afinal, o astro é um verdadeiro show man, nascido em uma família de classe média da Filadélfia (terra de ninguém mais ninguém menos que Rocky Balboa), despontou para o sucesso como rapper, logo depois protagonizou “The Fresh Prince of Bel-Air” uma serie de Tv que tinha como personagem principal o próprio Will Smith.

 

Dai para o estrelato foi só uma questão tempo, a medida que enfileirava grandes bilheterias (M.I.B., Independence Day, Bad Boys, entre outros). Até que em 2008 Will chegou ao topo do mercado cinematográfico ao ser eleito pela revista Forbes o ator mais rentável do cinema. E isso tudo sem perder o foco na qualidade, como os ótimos “A Procura da Felicidade”e “Sete Vidas” e Hitch confirmam. [Ok Hitch pode não estar na lista de melhores filmes do mundo mas eu adoro, e não é só por causa da Eva Mendes embora ela ajude muito]

 

“O primeiro passo antes de ninguém mais no mundo acreditar é: Você tem que acreditar. ”

 [Will Smith]

 

E não é que além de ser um ator de sucesso, um cantor de sucesso, um produtor de sucesso e etc. O cara ainda dá entrevistas inspiradoras. Abaixo esta um vídeo achado no YouTube enquanto montava uma lista de reprodução com entrevistas para ouvir durante o trabalho. [tenho um sério problema de concentração, mas coloco entrevistas pra rolar no headphone e melhora consideravelmente #ficadica]

 

O vídeo é um colagem de varias entrevistas dadas por Smith com trechos extremamente provocantes, entrou sem duvida na galeria de artistas admiráveis.

 

E ainda tem um elogio ao nosso @paulocoelho [minuto 4:49]

 

Tenho que admitir, minha pesquisa sobre vídeos de Will Smith só aconteceu porque li no blog do Miguel Cavalcanti um artigo falando sobre um outro vídeo em que ele, cantando, diz que tudo que uma pessoa precisa na vida para ter sucesso é Correr e Ler. [ahh descobriu de onde veio o titulo do post né?!]

 

A mensagem básica da musica é:

 

1. Correr porque te dá resistência e resiliência. Você tem que se superar. É você contra você mesmo.

2. Ler porque te dá acesso a um enorme conhecimento acumulado pela humanidade, há milhares e milhares de anos.

 

Se formos pensar bem ele esta correto. A vida é basicamente isso, adquirir conhecimento e correr atrás.

 

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Estação Diego – Sábado de Rock and Roll

Quando você escuta uma música composta por uma banda genial já é fantástico certo?


Agora quando um outro gênio resolve tocar uma musica de uma banda genial só pode sair algo ÉPICO!

 

Sem mais delongas, Jimi Hendrix tocando Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band:

 

Dessa vez a guitarra não foi pegou fogo. Mas a plateia deve ter ficado em brasas. [piada infame]

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Pensamento da Semana

Alice encontra o Gato e pergunta: "Como eu posso sair desse lugar onde nós estamos?".

O Gato responde: "Isso depende muito de para onde você quer ir".

Alice explica: "Não quero ir para um determinado lugar; só quero sair daqui" .

O Gato retruca: "Se você não vai para nenhum  lugar, então qualquer direção serve". 

Alice se impacienta: "Não quero ir para nenhum lugar determinado, mas quero chegar a algum lugar".

E o Gato, implacável: "Então siga por algum caminho e, andando bastante, você certamente chegará a algum lugar". 

Lewis Carroll [ Alice no País das Maravilhas; julho de 1865 ]

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O Progresso da Decadência

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Arnaldo Jabor

“O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Não há princípio que não seja desmentido nem instituição que não seja escarnecida. Já não se crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta a cada dia. A agiotagem explora o juro. A ignorância pesa sobre o povo como um nevoeiro. O número das escolas é dramático. A intriga política alastra-se por sobre a sonolência enfastiada do País. Não é uma existência; é uma expiação. Diz-se por toda a parte: “O País está perdido!” (…) Por isso, aqui começamos a apontar o que podemos chamar de “o progresso da decadência”.”

 

Não fui eu quem escreveu isso. Foi José Maria de Eça de Queirós, em 1871. Esta era a introdução de As Farpas que lançou com Ramalho Ortigão, ainda em Coimbra. Tinha pouco mais de 20 anos quando começou a esculachar em panfletos a mediocridade portuguesa no século 19, que nos legou essa herança lamentável. Nada mais parecido conosco.

 

Esses textos de Eça, reunidos sob o título de Uma Campanha Alegre, foram justamente os primeiros que me caíram na mão. Fiquei deslumbrado com a crítica social e de costumes. Não sabia que isso existia – eu era um menino. Creio que minha vida de jornalista de TV, rádio e jornal foi remotamente influenciada por ele. E revendo sua vida na internet, lembrei que Eça de Queirós nasceu em 25 de novembro de 1845 – daqui a uma semana. Assim, resolvi escrever de novo sobre ele.

 

Esse homem foi a maior paixão de minha vida. Com ele aprendi tudo: minha pobre escritura, o ritmo de seu texto, a importância do humor, do sarcasmo, e muito sobre a nossa ridícula loucura ibérica.

 

Depois, descobri um livro roído de traças na casa de meu avô: O Primo Basílio, que minha avó tentou proibir (“Isso não é para criança!…”). Li-o, claro, e minha vida mudou. Era como se toda a névoa confusa da infância, minha família difícil de entender, vagas tias, vultos, rezas, tristes salas de jantar, secos padres jesuítas, tivesse subitamente se dissipado. O mundo ficou claro, através das personagens de Eça. Ali estavam explicados os arrepios de horror diante do teatrinho pequeno-burguês do Rio. O primo Basílio chegava com sua vaidade brutal e encarnava os cafajestes brasileiros, o padre Amaro me decifrava a tristeza sexual das clausuras do Colégio Jesuíta, o Conselheiro Acácio era a burrice solene de professores e políticos, Damaso Salcêde espelhava centenas de mediocridades gorduchas, Gonçalo Ramirez era o frágil caráter de hesitantes como eu. E vinha Thomaz de Alencar com sua literatice melancólica, vinha o banqueiro Cohen, esperto e corno, flutuava no ar o cheiro enjoado da Titi Patrocínio da Relíquia e, claro, as coxas de Adélia, sem falar no supremo frisson do famoso “minette” do primo Basílio na “Bovary” Luiza (razão básica da proibição alarmada de minha avó). E não só o desfile dos medíocres, mas as fileiras dos heróis ecianos: Carlos da Maia, João da Ega, Jacintho de Tormes, Fradique Mendes – cultos, elegantes, ricos, irônicos e corrosivos. Eça me dava a alma viva do século 19, atacando a estupidez endêmica, os sebastianistas de secretaria, os burocratas pulhas, os melancólicos de charutaria, os políticos demagogos, a burrice épica de um Pacheco ou do Conde de Abranhos – que fartura! Era uma sociologia ficcional de nosso destino de fracassados.

 

Eu o amava tanto que – acreditem – me postava na porta do colégio na hora da saída, para ver passar um homenzinho da vizinhança ali de Botafogo que era um sósia de Eça. Quem seria? Um bancário, um contador, quem? Tinha o rosto enfezado por um fígado ruim (como o Eça) que lhe franzia a boca num escárnio risonho. Tinha a mesma pastinha de cabelo sobre a testa curta, o olho rútilo, o mesmo bigode, o gogozinho de pássaro, os braços de cegonha, a palidez biliosa. Só lhe faltava o monóculo cravado no olho irônico. Vê-lo passar me encantava como diante de um ressuscitado. Em vez de correr atrás de meninas, eu fazia isso. Pode?

 

Até hoje, quando vejo a TV Câmara ou TV Senado, aquelas ricas jazidas de imbecilidades, vendo as caras, frases e gravatas, eu ainda penso: “Será que esses caras aí nunca leram Eça de Queirós?” Não. Nada. Eles navegam intocados em sua vaidade estúpida, em sua impávida ratonice.

 

Entre Machado de Assis e Eça de Queiroz sempre preferi o português ao nosso grande mulato. “Ah… porque o Machado é bem mais sutil!…” – diz-se, comparando-se, por exemplo, Capitu à Luiza do Primo Basílio (que o próprio Machado, ciumento, acusou de plágio da Eugenie Grandet). “Ahhh!… porque o Machado tem mais níveis de significação, mais complexidade psicológica, etc. e tal…” É verdade. Também acho. O grande Machado atingiu subtons que Eça nem tentou, por escolha. Machado é mais inglês; Eça é saído das costelas de Flaubert, Balzac e Zola e funda uma literatura caricatural contra as perdidas ilusões ibéricas, com um riso deslavado, com uma proposital “falta de sutileza” que resulta depois finíssima. Eça cria um realismo quase carnavalizado, sem anseios de transcendência. Machado é mais “nauseado”. Deixa-se envolver por um pessimismo que o claro riso de Eça recusa. É verdade que as personagens de Eça não são tão “livres” quanto em Machado. O “tipo” eciano não tem grande “complexidade”; mas isso talvez seja o que nossa mediocridade social merece. Ele não cria personagens com uma psicologia sofisticada. Para ele, somos mesmo “tipos”. Como em seu neto Nelson Rodrigues, há nele uma superficialidade “profunda”, muito atual neste tempo em que os valores idealizados caíram no chão. Eça é um escritor político. Ele nos exibe o ridículo das figuras que se consideram nossos “timoneiros” do alto de sua gravidade falsa, com seus interesses mesquinhos no bolso dos jaquetões.

 

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Tirinha - Marcando a data do casamento




via willtirando

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Dica para Amigo Secreto



Uma das coisas mais divertidas do fim de ano é o amigo secreto

A milenar tradição nórdica, que teve seu estouro de popularidade durante a crise de 29, já que as pessoas não tinham dinheiro para presentear toda a familia e adaptaram a pobreza a diversão.

Pra quem é mais tradicionalista, e gosta do bom é velho segredo sobre quem é o amigo secreto de cada um segue uma ótima dica: O site Acessa.com, que faz o sorteio através de e-mails. Ideal para os dias de hoje quando não temos mais muitas oportunidades de encontrar todos os participantes. 

O site é do tipo sem frescura: Um organizador preenche o nome e o email de todos os participantes, cada um recebe um email com um link pra confirmar que quer realmente entrar na brincadeira e quando todos confirmarem o organizador recebe um alerta para realizar o sorteio (que é feito pelo site e obvio, o organizador não fica sabendo o amigo de ninguém). Cada um recebe no seu email o seu "amigo oculto". Sem palhaçadinhas de lista de presentes que quer ganhar, sem cadastros longos e cheios de nheco-nheco (só não digo sem viadagem porque seria acusado de homofobia).

Para os mais aventureiros existe a variante AMIGO SECRETO CHINÊS.

Nessa proposta objeto é o presente e não o amigo. Estipula-se um valor para o presente e cada participante compra um presente, sempre tendo em mente que ele pode vir a ficar com o presente ao final. O presente deve estar embrulhado de forma a impedir que os participantes saibam o conteúdo da embalagem. Para iniciar o jogo sorteiam-se números para cada um dos participantes. Por exemplo, se 15 pessoas estiverem participando, números de 1 a 15 serão distribuídos para os participantes.

Aquele que sortear o número 1 será o primeiro a pegar algum dos presentes. O número 2 terá o direito de pegar o presente da mesa ou "roubar" o presente do número 1. Caso isso aconteça, o primeiro terá o direito de escolher outro presente da mesa. E assim vai seguindo: o terceiro pode escolher o presente do primeiro ou do segundo ou o da mesa.

O jogo termina quando o último número (nesse caso, o 15) escolhe o presente da mesa ou, se preferir roubar de alguns dos participantes, escolhe o presente de qualquer um dos números. Nesse caso, o último azarado será obrigado a pegar o presente da mesa, não importa qual for. Uma regra importante: cada pessoa poderá trocar o presente somente uma vez.

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Em alguma sala de cirurgia do mundo

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via Mentirinhas

 

Essa tirinha só vem reforçar o pavor que tenho de médicos, hospitais, cirurgia. E tenho dito!

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Estação Diego

Hoje o som é especial pra Natalinha. Coração vermelho

 

Chocolate você pode até ser Natalinha, mas é chocolate branco quase transparente. Minha branquelinha.

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Porque o amor não da certo

separados pelo casamento

 

Normalmente é muito difícil falar de amor sem cair naquela coisa piegas e melosa, ou pior ainda, falar do fim do amor sem um dramalhão ainda mais meloso.

 

Mas o Éden do blog Um Passinho a Frente (blog pica das galáxias, #fikdica) conseguiu, num texto que juntou sutileza e profundidade ele mostra porque somente o amor não salva um relacionamento.

 

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As Vezes o “pouco” que uma pessoa te dá é TUDO que ela tem.

 

Eu costumo dizer a todos que uma relação, vista de forma bem pragmática e nada romântica, é um acordo onde duas pessoas abrem mão de algumas coisas para ter outras que não teriam sozinhas. Logico que a visão romântica de que o amor vence qualquer barreira é mais bonita… e mais decepcionante. Não vence. Existem barreiras que nenhum amor vence, principalmente quando essa barreira é a outra PESSOA, a pessoa amada. Algumas vezes existe um abismo imenso entre aquilo que você acha que merece, que quer, com o que a pessoa amada PODE dar. Veja bem, não estou falando de QUERER dar e sim de PODER mesmo. Você pode ser materialista e pensar logo em dinheiro – o que não invalida em nada a frase de Marcel – mas eu prefiro ser mais abrangente. Prefiro pensar em carinho, atenção, sexo, colo, apoio e afins.

 

Lembro de uma amiga que reclamava que o marido não estava disposto para o sexo todo dia como ela queria. Isso fazia ela acreditar que ele tinha outra, que estava perdendo o interesse, que tinha mudado. Ela nunca – e digo NUNCA mesmo – parou para observar que o cara trabalhava como um condenado para poder manter o padrão de vida alto que ela tinha antes de casarem. Ele trabalhava cerca de 14hs por dia. Vivia cansado, sem energia. Eu cansei de ouví-lo dizer que queria ter mais tempo para ela mas que tinha medo de perdê-la caso deixasse o padrão de vida cair. Egoístas, ambos. Ela porque nunca parou para ver o lado dele. Nunca parou que o pouco que ele dava era TUDO que podia dar. Ele porque não se abriu com ela e permitiu que ela soubesse de seus temores, não queria parecer fraco, indigno do amor dela. E a falta de diálogo os afastou. Ela o traiu – por um cara que podia praticar sexo com ela todos os dias enquanto ele trabalhava para pagar os sapatos de r$ 1.200,00 que ela curtia e mantê-la no volante de seu Honda. Ele hoje é uma pálida sombra do que foi. Diz que nunca mais irá amar.

 

Outra vez a namorada de um amigo desabafou dizendo que ele era frio, distante, indiferente, que achava que ele não a amava. Será que ela não percebeu que ele SEMPRE foi daquele jeito? Foi por aquela pessoa que ela se apaixonou. Que as provas de amor dele talvez não estivessem em caminhar de mãos dadas no Shopping mas no fato dele planejar lagar tudo aqui para viver com ela em uma cidade onde ela dizia ser mais feliz. Ele nunca colocou o plano maluco em prática. Ela surtou antes disso. Não percebeu que ele planejava dar TUDO a ela… dar seu futuro. E cada um seguiu seu caminho, estão longe um do outro.

 

Em outro caso pesou o fato de não haver patrimônio construído durante a relação. Logico que não foi observado o fato de que, apesar de tudo, havia muito amor, carinho e conforto. Que a obrigação de construir um patrimônio não era dele, nem dela. Era de ambos. Não pesou o fato dele ter sido SEMPRE uma boa pessoa, não ter vendido a alma ao demônio para TER as coisas. Ele deu TUDO que podia – e, infelizmente, isso não incluiu casas, carros e joias, mas era “pouco”. Ele se anulou por ela mas isso não foi o suficiente. Nunca é em casos assim. E assim cada um seguiu seu caminho. Ela em busca do patrimônio que descobriu ser importante, ele em busca da pessoa que achou que ela era mas que descobriu nunca ter sido. O passado ficou pra trás… e se um dia foi bonito, hoje não é mais.

 

É tão comum isso… talvez seja a vida que nos deixe frios, incapazes de perceber o valor dos pequenos gestos, de dar valor ao que realmente importa, de até mesmo perceber o que realmente importa. A felicidade de um casal não depende de um ou de outro… depende de AMBOS. Para tudo. Seja para felicidade sexual, sentimental ou financeira. Não adianta cobrar sua contraparte mais do que ela pode dar… que tal ajudar? Que tal observar se você está fazendo a sua parte? Que tal conversar? A receita de uma relação envolve mais cumplicidade, mais parceria e menos cobrança. Envolve mais diálogo, mais companheirismo e menos desconfiança. Envolve menos orgulho e mais amor. Afinal, amigo, não é o amor a mola mestre que move o mundo? Ou seria o dinheiro? Porque se você acha que é o dinheiro, bem, eu certamente não estou escrevendo para você.

 

E por fim… muito, pouco, são conceitos relativos. Cabe a você definir o que precisa na vida. Dinheiro? Sexo? Viagens? Gestos explícitos de carinho? Bem… eu? Eu preciso ser feliz. O resto é detalhe.

 

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Esse texto me lembrou o que diz Rubens Alves: Que os relacionamentos podem ser de dois tipos, tênis e frescobol.

(…) O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada (…). O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha.

 

A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá...

Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. (…)

 

Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.

Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor... Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...

 

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Paradoxo da Escolha

Já tinha comentado aqui sobre o acidente que minha avó sofreu e eu como neto amoroso fui visita-lá a umas duas semanas. Minha avó sempre foi uma compulsiva por assistir televisão, e até algum tempo atrás ela só tinha os canais de tv aberta e nem reclamava. Um pouco antes do acidente, ela tinha assinado uma Tv a cabo que tem mais de 25 canais de filme [que ela adora] e mais de 100 no geral. O surpreendente é que agora ela tem reclamado que não passa nada de bem.

 

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Infelizmente as pessoas tem mais atenção nas escolhas que fazem nesses botões do que nos da urna eletrônica.

 

Lembrei disso ontem quando fui cortar o cabelo, e como todos os cabelereiros do mundo que conheço, a mulher que me atendeu ficou fazendo um milhão de perguntas sobre o estilo, o comprimento, se seria desfiado, repicado e bla bla bla. E detesto quando fazem isso, eu não entendo nada de corte de cabelo, sou contador, e não fico perguntando pros clientes como ele querem que o imposto deles seja calculado.

 

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Esse é o único cabelereiro que não pede opinião

 

Assim que voltei do cabelereiro lembrei de uma ótima palestra do TED [redundância ótima e Ted na mesma frase eu sei] que fala exatamente sobre esses dois assuntos, do psicólogo Barry Schwartz, ele fala de como o excesso de opção paralisa e/ou torna as pessoas mais frustradas.

 

Para assistir com legendas em português basta clicar em View subtitles

 

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Professor anti-cola


Os alunos do professor da New York University, Waffa Bilal, estão sobressaltados nos últimos dias, é que segundo o Wall Street Journal, Waffa ira instalar no fim do ano uma câmera na parte de trás da cabeça.

Nem a explicação que o "implante" é parte de uma obra de arte chamada "The 3rd I" (O Terceiro Olho/O Terceiro Eu) que ira tirar e enviar automaticamente fotos a cada 60 segundos para o Mathaf - Museu Árabe de Arte Moderna - no Catar quanto o fato que o professor vai manter o equipamento tampado enquanto estiver no campus parece acalmar seus alunos. Afinal vai que logo no dia de uma prova importantíssima o professor acorda atrasado e esquece de fechar a câmera - totalmente sem querer é claro.

Brincadeiras a parte, sem duvida a obra vai aquecer o debate sobre privacidade na Europa e nos Eua já que no Brasil não se debate nada. (aqui, aqui e aqui)

via Gizmodo

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Esqueletos no Armario


“Começam a sair do armário os esqueletos do governo. CPMF, Enem e PanAmericano. Tudo o que esconderam agora vem à tona. Será que vão dizer que é golpe eleitoreiro?”            
Gustavo Fruet, deputado federal (PSDB-PR).

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Um rio de arrastões


No pós eleição o Rio de Janeiro tem sido sede quase que diária de arrastões (aqui, aqui, aqui e aqui), sem que ninguém de uma satisfação mínima a população quanto a causa nem o que será feito para combater o problema.

Infelizmente a eleição passou e ninguém se preocupou em questionar a mágica das UPPs.

Hoje o ex-prefeito Cesar Maia deu sua opinião da causa e também do que pode ser a solução, o texto realmente faz bastante sentido, leiam e tirem sua conclusão.

Observação: Em 2006 o prefeito era o próprio Cesar Maia, portanto ele deve saber do que fala.


* * *

POR QUE OS ARRASTÕES EM CARROS SE MULTIPLICARAM NO RIO!
                  
1. Em dezembro de 2006, o governador eleito pediu que a Prefeitura do Rio assumisse o trânsito com a Guarda Municipal e substituísse a PM, de forma a liberar PMs. O prefeito lembrou duas coisas: a) que a GM não tinha efetivo para isso. b) Que grandes cidades como Nova York tinham feito caminho inverso, ou seja, o trânsito foi transferido para a polícia.
          
2. A GM assumiu o trânsito do Centro e, depois de muita insistência, da alta zona sul. Mas desde o ano passado a PM foi saindo do trânsito e hoje é uma raridade encontrar um PM no trânsito da capital. A prefeitura terceirizou parte do serviço com um pessoal com a marca da CET-RIO que sequer tem poder para multar por não serem servidores nem da administração direta nem indireta.
                  
3. Anos atrás, quando o anterior prefeito visitava o sistema de segurança de Nova York, perguntou a razão do trânsito ter sido assumido pela polícia. A resposta foi pronta: a polícia no trânsito é polícia na rua. Um assalto em loja, residência ou mesmo na rua, ou a captura de um delinquente, a polícia no trânsito recebe ordem por rádio e bloqueia a área que se fizer necessária. E sempre que desconfia de movimentação, informa por rádio ao policiamento ostensivo da área.
                  
4. A polícia no trânsito reduz a mobilidade dos bandidos, amplia o risco deles em "street crimes" e afunila seus pontos de fuga, por qualquer razão. O que fez o governador e seu secretário de segurança, ao retirar a polícia do trânsito, foi dar flexibilidade e mobilidade ao crime nas ruas, e especialmente aquele que usa carros para assaltar e para fugir, ou seja, os arrastões, que já têm frequência de um por dia nas últimas semanas.
          
5. Se a polícia não retornar ao trânsito, os arrastões, crimes na rua, e agora carros queimados, só vão aumentar. O que ocorre, portanto, é de responsabilidade –digamos, técnica- total do governador e seu secretário de segurança, que na ânsia de ter mais PMs disponíveis, perderam o controle das ruas.

                                                * * *

Via Ex-Blog



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Estação Diego – Stereophonics

You´re My Star

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Quando a burocracia vira burrocracia

pateta_01O supermercado aqui perto de casa não é muito grande, nem tem bons preços, mas a proximidade faz com que ele seja bem atrativo e 90% das compras de casa são efetuadas nele.

 

Até bem pouco tempo, o sistema de pagamento com cartões [crédito ou debito] não era informatizado, e sempre que você terminava de passar pelo caixa a funcionaria sacava uma prancheta e preenchia o nome constante no cartão, o valor, a data e data um visto e o cliente era encaminhado a um balcão que ficavam as maquinas de cartão. Era um processo sempre pé no saco, já que a maioria das caixas não tinham muita presteza pra preencher o bendito controle. Porém eu entendia o uso do mesmo, afinal elas precisavam dele pra no fim do expediente resgatarem suas vias do cartão e fecharem o caixa corretamente.

 

A um mês mais ou menos a tecnologia chegou de vez ao mercado, e o sistema de cartão foi informatizado. Agora, a própria caixa passa o cartão, tira o boleto, registrado e impresso ao alcance da mão.

 

No primeiro dia fui que fiz compras com a nova tecnologia foi uma beleza, sem precisar ficar levando sacolas ao balcão de cartão, esperar fila de cartão, sem a maldita prancheta que devora horas pra ser preenchida.

 

Ledo engano, menos de uma semana depois a prancheta estava de volta.

Todas as vezes que vou ao supermercado e estou na fila e vejo a sequencia – passa os itens no leitor de código de barra, pego o cartão do cliente, imprime o comprovante, coloca o comprovante no caixa, PEGA A PRANCHETA DA GAVETA, PREENCHE A PRANCHETA e COLOCA A PRANCHETA NA GAVETA eu fico meio tonto e me pergunto pra que raios serve esse maldito controle.

 

E pensar que a burocracia nasceu pra tornar o atendimento aos clientes mais rápido e dinâmico.

 

Esse caso do supermercado me lembrou de um fantástico vídeo do Youtube com a entrevista do Prof. Marins ao Programa do Jô, prestem atenção principalmente a partir do minuto 2:50.

 

Prof. Marins comentando sobre os prejuízos da burrocracia.

 

Esse é a parte 3 da entrevista, aqui você assiste as partes um e dois. [recomendadíssimos]

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A Une (e)nem deu bola.

Sexta feira, quando ia embora do trabalho, vi um protesto no centro do Rio, vários jovens com nariz de palhaço. Chegando em casa fui descobrir que eram estudantes protestando contra o Enem.

Sabem porque não pensei que fosse nada relacionado ao Enem? Porque não vi nenhuma referencia a Une ou Ubes. Segundo as matérias, a manifestação foi organizada via internet, tanto no Rio quanto em outras cidades.

O que só comprava o fato que a Une atualmente nada mais é do que a versão sindicato para os que declaração sua profissão como "estudante" nos formulários da vida. Uma pena, já que o muitas das manifestações que tivemos nesse país foram encabeçadas pela entidade, a "Passeata dos Cem Mil", as "Diretas Já" ou mesmo os "Caras-Pintadas" que lideraram as os movimentos pela queda do presidente Collor.

A ultima aparição que vi razoavelmente noticiada foi na passeata contra a CPI do Petrobrás. Isso mesmo, a Une contra investigações de irregularidades, junto com a base "lulopetista".

Depois dessa não dava realmente pra imaginar um comportamento diferente com o Enem

Tirinha via Jornal da Cidade

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Pensamento da Semana

A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda.

Mário Quintana

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Jefferson Perez dando uma aula de consciência política.


Ele vai voltar [Lula em 2006] porque o povo quer que ele volte. Democracia é isto, eu me curvo a vontade popular, mas, inconformado. Essa será uma das eleições mais decepcionantes da minha vida, é a declaração publica, solene e histórica do povo brasileiro de que isso - desvios éticos por parte de governantes - não tem mais importância.  Jefferson Perez

via Augusto Nunes

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Aprenda a FAZER dinheiro com o Sr. X

Li esse texto no site sobre negócios, Clube do Pai Rico, e as observações feitas correspondem a exatamente o que penso sobre o referido empresário. 

O único porem que faço é que não concordo com um dos pontos de vista da conclusão em que compara, o "Sr.X" com Warren Buffet, as empresas de Buffet eram exclusivamente de investimento enquanto a do "Sr.X" não.


Segue o texto:
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Gostaria de transformar o post de hoje numa bela discussão (de aprendizado) com os amigos de Clube.
Bom, a pergunta é: Não seria o Sr “X” (para bom entendedor apenas uma letra basta …  ) apenas um ótimo vendedor ? E além disso, não seria – a sua fortuna – resultado do conhecimento das pessoas certas e caminhos a serem percorridos ?
Vamos às minhas observações:

1- O rápido crescimento da fortuna do Sr “X” aconteceu durante o último governo

Será que isso foi apenas “coincidência” ou tem alguma relação ?
Já faz um bom tempo, desde a crise de 2008, que o governo vem batendo de frente com a Vale e seus administradores. Chegou-se a cogitar na retirada do presidente, pois suas atitudes “iam contra os interesses nacionais”. Qual era o nome da pessoa que foi citado para substitui-lo ? Sr “X”. (como fariam isso não me pergunte …)

2- A maioria das empresas do grupo ainda “não saiu do papel”

Muitas empresas que formam o grupo do Sr “X” ainda não decolaram, praticamente existindo só em teoria. Algumas existem somente porque têm a licença de exploração de alguma coisa em algum lugar, dependendo do ramo onde atue. Mas isso não impediu que suas ações fossem lançadas a preço de ouro, ou melhor, mais caro que ele.
Na história das bolhas (papo que anda pegando fogo aqui no Clube nos últimos dias) temos exemplos de empresas que foram criadas somente para que suas ações fossem lançadas, sem nunca ter faturado nenhum centavo, e muitas nem saindo do papel. Isso aconteceu com uma das Companhias das Índias. (não lembro se Oriental ou Ocidental, tampouco de qual país – Inglaterra, França …)
A licença de exploração foi emitida, a empresa foi criada, suas ações foram lançadas, a correria foi grande, mas nunca fez dinheiro … virou pó.

3- Conhecer os caminhos e as pessoas certas

Todo mundo sabe que para se obter o sucesso são necessários vários fatores. Conhecer as pessoas certas e o caminho mais curto são alguns deles, na minha opinião pontos que fazem muita diferença.
Já percebeu como o dinheiro “jorra” na direção do Sr “X” quando ele precisa de um financiamento ? Vejam se outras empresas conseguem com tanta facilidade …

4- Ele virou Midas

Pô ! Tudo que o cara toca vira ouro e é o “melhor do melhor “?
(hehehe)
Querem até que ele compre o SBT do SS !!

Conclusões

Posso estar me precipitando … mas será que estou mesmo ? Será que as coisas são realmente como ele vende ? Na minha opinião é justamente isso … ele sabe vender muito bem suas ideias. Mas isso não é suficiente para que seja correto e duradouro …
Numa outra discussão sobre o tema o Sr “X” foi comparado com Warren Buffett (!!!). “Pois se as pessoas que acreditaram no início da sua carreira como investidor não tivessem “caído” no papo de vendedor dele, o que teria acontecido ?” Afinal ele somente vendeu a ideia de que poderia obter retornos superiores aos de mercado … não tinha nada de concreto, apenas uma ideia.
E então, você concorda ou discorda ? Tem algo a acrescentar ? Algo a corrigir ? Algo a comentar ? O espaço é de vocês !

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Xinga, mas não chama de direitista ou de liberal.

Uma das coisas mais engraçadas no Brasil é quando você diz para as pessoas que você é de direita. Algumas fazem cara de paisagem e mudam de assunto com claro embaraço, em outras o choque faz com que saia a pergunta padrão: “Mas você lê tanto, como pode apoiar a ditadura militar” e/ou coisas do gênero.

E é realmente difícil explicar para essas pessoas que a direita não tem nada haver com ditaduras, já que são anos sendo difundida as informação que a direita eram os militares, e a esquerda era quem lutava contra eles.


Para essas pessoas o máximo que se pode fazer é apontar que para um “esquerdista” a luta não é contra a ditadura e sim a favor da ditadura comunista, já que não a na historia um governo de esquerda totalmente livre.

Mas o que é ser de direita você deve estar se perguntando. Ser de direita é defender a livre iniciativa, a não intervenção do estado na economia, ser contrario ao ideal socialista e intransigente quanto a estado de direito, as liberdades publicas e de imprensa. 

O Chile é talvez o único país da região que parece ter vencido esse preconceito, Sebastián Pinerã o presidente chileno inclusive da uma entrevista fantástica a Veja dessa semana, e coincidentemente ou não é o país com os melhores índices econômicos e sociais da AL.

Quando tento usar a expressão liberal, ai que a coisa fica feia, criticas as privatizações, entreguismo do país aos Eua, dentre muitas outras coisas.

A existência de um mercado livre não elimina, evidentemente, a necessidade de um governo. Ao contrário, um governo é essencial para a determinação das “regras do jogo” e um árbitro para interpretar e pôr em vigor as regras estabelecidas. O que o mercado faz é reduzir sensivelmente o número de questões que devem ser decididas por meios políticos – e, por isso, minimizar a extensão em que o governo tem que participar diretamente do jogo. O aspecto característico da ação política é o de exigir ou reforçar uma conformidade substancial. A grande vantagem do mercado, de outro lado, é a de permitir uma grande diversidade, significando, em termos políticos, um sistema de representação proporcional. Cada homem pode votar pela cor da gravata que deseja e a obtém; ele não precisa ver que cor a maioria deseja e então, se fizer parte da minoria, submeter-se. Milton Friedman [Capitalismo e Liberdade]

Milton Friedman foi um dos maiores defensor do liberalismo, e acho que ele pode explicar com palavras os fundamentos da coisa muito melhor do que eu, por isso segue sua clássica entrevista ao programa "The Open Mind" em 1975 na qual explica entre outras coisas  o que é ser um liberal de direita e porque estes não devem ser tachados como conservadores além de explicar porque algumas políticas devem ser medidas pelo que conseguem fazer e não por suas intenções.


Parte 1:


Parte 2


Parte 3

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Sim, eu tenho preconceito

preconceito

 

Logo depois de anunciada a vitória de Dilma Rousseff, pingaram comentários preconceituosos na internet contra os nordestinos, grupo que garantiu a vitória da candidata petista nas eleições.

A devida reação veio no dia seguinte: a expressão “orgulho de ser nordestino” passou a segunda-feira como uma das mais escritas no microblog Twitter.

O racismo das primeiras mensagens é, obviamente, estúpido e reprovável. Não se pode dizer o mesmo de outro tipo de preconceito ─ aquele relacionado não à origem ou aos traços físicos dos cidadãos, mas ao modo como as pessoas pensam e votam. Nesse caso, eu preciso admitir: sim, eu tenho preconceito.

Eu tenho preconceito contra os cidadãos que nem sequer sabiam, dois meses antes da eleição, quem eram os candidatos a presidente. No fim de julho, antes de o horário eleitoral começar, as pesquisas espontâneas (aquela em que o entrevistador não mostra o nome dos candidatos) tinham percentual de acerto de 45%. Os outros 55% não sabiam dizer o nome dos concorrentes. Isso depois de jornais e canais de TV divulgarem diariamente a agenda dos presidenciáveis.

É interessante imaginar a postura desse cidadão diante dos entrevistadores. Vem à mente uma espécie de Homer Simpson verde e amarelo, soltando monossílabos enquanto coça a barriga: “Eu… hum… não sei… hum… o que você… hum… está falando”. Foi gente assim, de todas as regiões do país, que decidiu a eleição.

Tampouco simpatizo com quem tem graves deficiências educacionais e se mostra contente com isso e apto a decidir os rumos do país.

São sujeitos que não se dão conta de contradições básicas de raciocínio: são a favor do corte de impostos e do aumento dos gastos do Estado; reprovam o aborto, mas acham que as mulheres que tentam interromper a gravidez não devem ser presas; são contra a privatização, mas não largam o terceiro celular dos últimos dois anos. “Olha, hum… tem até câmera!”.

Para gente assim, a vergonha é uma característica redentora; o orgulho é patético. Abster-se do voto, como fizeram cerca de 20% de brasileiros, é, nesse caso, um requisito ético. Também seria ótimo não precisar conviver com os 30% de eleitores que, segundo o Datafolha, não se lembravam, duas semanas depois da eleição, em quem tinham votado para deputado.

Não estou disposto a adotar uma postura relativista e entender esses indivíduos. Prefiro discriminá-los. Eu tenho preconceito contra quem adere ao “rouba, mas faz”, sejam esses feitos grandes obras urbanas ou conquistas econômicas.

Contra quem se vale de um marketing da pobreza e culpa os outros (geralmente as potências mundiais, os “coronéis”, os grandes empresários) por seus problemas. Como é preciso conviver com opiniões diferentes, eu faço um tremendo esforço para não prejulgar quem ainda defende Cuba e acredita em mitos marxistas que tornariam possível a existência de um “candidato dos pobres” contra um “candidato dos ricos”.

Afinal, se há alguma receita testada e aprovada contra a pobreza, uma feliz receita que salvou milhões de pessoas da miséria nas últimas décadas, é aquela que considera a melhor ajuda aos pobres a atitude de facilitar a vida dos criadores de riqueza.

É o caso do Chile e de Cingapura, onde a abertura da economia e a extinção de taxas e impostos fizeram bem tanto aos ricos quanto aos pobres. Não é o caso da Venezuela e da Bolívia.

Por fim, eu nutro um declarado e saboroso preconceito contra quem insiste em pregar o orgulho de sua origem. Uma das atitudes mais nobres que alguém pode tomar é negar suas próprias raízes e reavaliá-las com equilíbrio, percebendo o que há nelas de louvável e perverso. Quem precisa de raiz é árvore.

por Leandro Narloch

via Augusto Nunes

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Quem disse que pior do que está não fica?



O mensaleiro Waldemar Costa Neto respira mais aliviado, o TRE-SP acabou de corrigir a prova de Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca. E como todos esperavam o palhaço foi considerado alfabetizado.

O mais curioso é saber como ele conseguiu provar que sabe escrever se a defesa alguns dias atrás alegava que o motivo da falsificação de sua declaração de alfabetização no ato da inscrição como candidato foi um problema no dedo que impede de segurar caneta. (saiba mais).

Como o processo corre em segredo de justiça e na política brasileira, cada vez mais nada se explica e tudo se enrola até ficar esquecido, provavelmente nunca ficaremos sabendo os detalhes do tal teste.

"O Tiririca é a cara da sociedade."                                                                                                   Lula (em defesa do parceiro intelectual)

Infelizmente a sociedade não anda muito bonita.


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O Brasil pós eleição.


Durante a eleição o Brasil era perfeito, "nunca antes na historia deste pais" tudo tinha sido tão maravilhoso.

Agora que a eleição acabou, a lista de problemas só faz aumentar. Você se lembra de todos os fatos que ocorrem, durante e depois da eleição que precisam de explicação? Segue uma lista para auxilio com alguns tópicos que estão na fila para o vale do esquecimento no qual já se encontram o mensalão, os aloprados, a quebra de sigilo do caseiro Francenildo, o PNDH3 entre outros tantos fatos políticos.


  1. PF não avança sobre apuração de escândalo da quebra de sigilo tucanos. (aqui);
  2. Vexames consecutivos do Enem (aqui e aqui);
  3. Obras do PAC cheias de irregularidades e Lula diz que a culpa é do TCU por apontar os erros (aqui e aqui);
  4. Aumento da carga tributaria com a volta da CPMF (aqui);
  5. Controle da mídia (censura?) (aqui e aqui);
  6. Compra de 49% de um banco cuja saúde financeira só se mantinha mediante fraude (aqui);
  7. Investimento bilionário e indecoroso no trem-bala, mesmo depois de negar que usaria dinheiro publico na obra (aqui);
  8. Equipe de transição da presidente eleita tem de tudo, de sanguessuga (por R$ 2.600,00) a cabeleira (por R$ 6.800,00) (aqui e aqui).
Quem votou em Dilma e vive no país das maravilhas do lulo-petismo poderia explicar todos esses fatos pós eleição, ou pelo menos cobrar sua candidata.



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A bagunça de Silvio Santos

Abaixo esta disponível o artigo do jornalista Luiz Claudio Cunha, sobre o caso Panamericano.


O texto toca em pontos importantes da recente proximidade de SS com o governo. Mas existem ainda outros fatos para serem analisados com calma.

  1. O SBT de propriedade de Silvio Santos, mesmo dono do Panamericano foi o mesmo SBT que deu o "furo" jornalesco sobre a bolinha de papel e a suposta fraude do candidato José Serra, amplamente divulgada na propaganda da candidata governista e pelo presidente Lula e que só posteriormente a rede Globo elucidou desmentindo a matéria da rede de SS e a campanha de Dilma;
  2. A CEF quando comprou 49% do controle acionário do Panamericano por 740 milhões não avaliou corretamente o investimento que fazia? Se meteu por tanto na fraude do Panamericano por incapacidade técnica? Quais outros negócios escusos terão sido feitos com nosso dinheiro por incapacidade da diretoria da CEF?
  3. Se o Banco Central já tinha conhecimento dessa fraude a mais de 1 meses, porque então isso só se tornou publico agora. Terá sido uma tentativa de proteger a candidata do governo durante as eleições e/ou conseguir uma "mídia amiga"?(vide item 1)
  4. O jornalismo do grupo Silvio Santos, parcialmente, salvo pelo aval dado pelo governo para a liberação dos 2,5 bilhões usados para cobrir o rombo causado pela fraude contábil apresentará um nível melhor do que o exibido durante as eleições ? (vide item 1)

São pontos importantes, que põem em check a credibilidade da terceira maior emissora de tv do país e - mais grave - a CEF.

A curto prazo, o problema foi sanado, só que é preciso ir mais longe e não parar apenas no cuidado paliativo, coisa que o atual governo não tem tido muito costume. Infelizmente.

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UPDATE:
E os podres não param de surgir:
Próximos de Palladino
Rafael Palladino, ex-presidente do Banco Panamericano, sempre chamou atenção do mercado pela relação muito próxima com Marcio Percival Alves Pinto, vice-presidente de Finanças da Caixa Econômica Federal (indicado por Aloizio Mercadante para o cargo) e Walter Appel (dono do banco Fator, um dos que auditaram o Panamericano para a CEF)
via Radar On Line



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Quem quer dinheiro

Artigo escrito pelo jornalista Luiz Cláudio Cunha:

Sílvio Santos não poderá mais repetir o seu famoso bordão: “Quem quer dinheiro?”.
Abriu-se na sexta-feira o baú de infelicidades do mais famoso animador de auditório da TV brasileira, dono do SBT, a terceira maior rede do país no ranking de audiência, transmitida por 106 emissoras (15 próprias e 91 afiliadas).
O seu banco, o Panamericano, queria dinheiro, muito dinheiro, para cobrir o rombo de 2,5 bilhões de reais no seu balanço fraudado. O banco de SS repassava carteiras de créditos de suas operações para outros bancos, mas não contabilizava essa transferência no balanço, que justificaria hoje o bordão de Santos no programa Tentação: ”Vale dez reais?”
No melhor estilo Lula, Sílvio Santos apressou-se a declarar: “Eu não sabia de nada”.
A fraude do lucro inflado no banco do apresentador de Topa Tudo por Dinheiro representa 40% dos ativos do Panamericano, que somam R$ 6,5 bilhões, e passou batido por uma das mais respeitadas empresas de auditoria do mercado, a Deloitte.
A solução engenhosa para sair da enrascada estava embutida num dos bordões mais conhecidos de SS: “Vem pra cá, vem pra cá”.
Foi o que ele disse ao governo Lula, que foi lá para o SBT em apuros, já que tinha interesse no caso — a Caixa Econômica Federal adquiriu no ano passado 49% das ações do banco –, por meio do camarada FGC, o Fundo Garantidor de Crédito, mantido pelos bancos mas sensível a apelos federais. Sobretudo quando o Banco Central recomenda que apóie determinadas operações.
O FGC, a quem SS ofereceu 44 empresas de seu grupo como garantia, disse que a recomendação de socorro feita pelo Banco Central tinha por objetivo evitar o “risco sistêmico” que poderia abalar a área financeira do país.
Quando o PT de Lula era oposição, essa desculpa do PSDB de FHC era motivo de zombaria para a inclemente confraria petista.
O sempre bem informado Guilherme Barros, colunista de economia do portal iG, informou que o BC, ao contrário de Lula e de Silvio Santos, sabia de “inconsistência contábil” no Panamericano há dois meses, ou seja, desde setembro.
Foi examente em setembro, uma quarta-feira, 22, dez dias antes do primeiro turno da eleição presidencial, que Sílvio Santos visitou Lula inesperadamente no Palácio do Planalto, causando o alvoroço previsível.
Naquele dia, o sorridente SS avisou que estava ali apenas para convidar o presidente para a abertura do Teleton, um programa que arrecada recursos para crianças e adolescentes com necessidades especiais. No embalo, ainda arrancou uma doação de R$ 12 mil de Lula.
Silvio atropelou a agenda presidencial, tirando do caminho uma reunião prevista para aquele horário justamente com Henrique Meirelles, o presidente camarada do BC que dois meses depois seria fiador do SOS para SS.
O que espanta, neste processo, é a inconsistência sistêmica da imprensa brasileira, que cobriu burocraticamente a surpreendente visita de SS ao Planalto: “Não venho aqui desde o governo Itamar Franco”, avisou ele, ou seja, fazia já 18 anos.
E os repórteres e editores engoliram, em seco, a explicação boboca sobre o Teleton. Se não fosse tão preguiçoso, habituado ao declaratório e ao oficialiesco, um jornalismo esperto poderia ter percebido ali as fagulhas do rolo do Panamericano que enfiou o FGC, o governo e Sílvio Santos no mesmo baú de desinformação e incertezas.
O desprezo de SS pela notícia já faz parte do folcore nacional. Na noite de 17 de julho de 2007, as maiores redes de TV do país interromperam a cobertura dos Jogos Panamericanos do Rio para mostrar as primeiras imagens fumegantes do Airbus da TAM que explodiu no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O SBT foi o último a informar sobre a tragédia.
Nem Bin Laden conseguiu desfazer o sorriso de plástico de SS. No 11 de setembro de 2001, o dia do maior ataque terrorista da história, que as TVs do mundo inteiro cobriram ao vivo para o mundo estarrecido, o SBT continuou, impávido, a transmitir sua programação normal, quebrada apenas por breves flashes de plantão nos horários comerciais.
Naquele dia, o SBT atingiu um dos menores índices de audiência de sua história.
Prova de que o povo, apesar de Sílvio Santos e alguns de nossos jornalistas, não é bobo.


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